I
Hoje sou dias distantes
Esquecidos sem querer...
E a criança que fui antes
Fez castelos, naus errantes,
Pra eu nunca me perder.
Eram sonhos e os vivi
Tão alheio à semelhança...
Mas, um dia, então cresci,
De repente e me esqueci,
Dos castelos, da criança.
Mas ainda um segredo
É lembrança viva em mim...
Fui criança e fui brinquedo
De mim mesmo, de meu medo,
De crescer e ser assim.
II
Tudo sempre é como o antes,
Flui e reflui - nunca mudou -
Só meus sonhos tão distantes,
De castelos e gigantes,
Ainda vibram no que sou.
E num sentido sem igual,
Essa história lida em mim,
Nunca é boa, nunca é mal,
É simplesmente e, afinal,
O modo como a leio enfim.
E se se perde novamente,
Eu já não sou o que vivi...
Foi só um gesto, de repente,
Uma palavra, e eu, somente,
Nem sei porquê, a escrevi.
Marcus Di Philippi
quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008
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