Ai a cala a tua boca pensamento errante,
Que nasceu um dia, nas ondas do mar.
Cala-te é a hora, é o minuto, o instante,
Em que tudo se cala. Emudecido, hesitante
Todo o mundo pára para até de sonhar.
Ai cala a tua boca pensamento arrogante,
Que nasceu nas auroras e no frio do ar...
Cala que todos se foram, seguiram avante,
Me ficastes só tu, o audacioso gigante,
Perdido nos sonhos e nas ânsias de amar
Ai cala-te logo, bruto, rude, extravagante,
Pensamento débil... Eu me nego a pensar...
A visão se me foi, e eu respiro ofegante,
Todo o sol de perdeu, vaga alheio e distante,
Tudo inspira medo e o maior medo é ficar.
Marcus Di Philippi
quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008
Assinar:
Postar comentários (Atom)
0 comentários:
Postar um comentário