A lágrima é como um martelo
Golpeando uma bigorna,
Diz tudo que não revelo,
Extrai de mim o mais belo,
O que não sou ela me torna.
É um fio de água atrevido
Escapado de seu leito.
Adorna o rosto comovido,
Entalha o embrutecido,
Moldando-o a seu jeito
E, como um ferro surrado
E desfigurado por ela,
Apenas quem tem chorado
Quem teve o rosto molhado
É grato a quem o martela.
Marcus Di Philippi
quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008
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