quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

ETERNAMENTE

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008
"Se quiseres guardar uma lembrança de mim, não me leia. Observe os raios de sol despedindo-se comovidamente ao cair da tarde. Isso te bastará."
Ibrahim Ibiza - "Solilóquios"

O silêncio vago inspira
Um não sei quê na distância...
Música perdida, a lira
Em meio à chamas, a pira,
Perfume suave, fragância.

O vazio é magro, é fundo,
Suavemente indistinto,
É sono leve e profundo,
Asas cansadas, o mundo
Na taça de vinho tinto.

O silêncio, o sono, a vida,
Cristais partidos, o nada.
Um coro de voz comovida,
A ave que voa esquecida,
Em busca da alvorada.

Marcus Di Philippi

0 comentários:

 
Poesias Tristes © 2008. Design by Pocket